O amor é promessa. Perene é a válvula
poética, é adentrar às palavras no vagar dos sentidos ao imaginário. Amar as
águas que te salvam do tédio é a existência em sua finitude. Flexão do corpo
na curvatura dos braços, o movimento cadenciado, pernas no ritmo do
esquecimento, a perenidade da vida, um navegar longe.
É o afastar-se das luzes da cidade sumida. O
fantasma de um lugar, é ir perder no horizonte dos encontros, do abandono
fortuito. A terra firme transparente em beleza, uma mulher deixada no
continente. O mar aberto traga os sonhos. A devoção do corpo levado nas
escadarias da igreja dos deuses no consolo das águas, os esquecidos que afogam suas
mazelas da vida hão se ser esquecidos para toda eternidade.
O esquecimento do ódio, a negação da
violência é a fuga do mal nas águas a levar o corpo de um homem que nadou a
vida inteira. Morto nos sonhos.
Enfim, o outro lado, salvo do egoísmo das
relações e restos de mágoas. A velhice nos corais da pele. O amor tem propriedades
naturais da vida marinha, calcificado na parede da alma, resplandece na voz de
Amy. A roupa do tempo em sua profundeza em águas rasas. O acalento da alma, e mesmo longe da terra, ter a
plenitude vital do corpo solitário com o olhar do seres imaginários é
instante proibido das paixões.
A lembrança do Outro, querer salvar a vida
em águas turbulentas, flutua com as
nuvens, e a dor se confunde a tua pele, teu cabelo raspado pela dor da vida
rasga a dor do tempo na caneca de café.
Um hino inútil, instalação, olhares
distantes, teus beijos rasgando os dias. Encontro dos amantes. Eu reunindo folhas,
o tempo pressupostos. Um ano nas tuas custas existenciais.
MORDI A ISCA!
Minha última braceada morre no fascismo.
Eles não passarão!
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