“... nem vazios, nem tempos mortos
Os filmes avançam com trens à noite”
François Truffaut
Textura, armaduras de ideias, planta de
grandes bibliotecas,
estantes em lugares vazios, entre livros, sem a luz natural.
Beijo beijo, o amor é ensejo, um lance na clareira,
um par de pernas, o ar agradece o movimento dos corpos.
A alma padece de solidão, depois do adeus,
o último olhar é o que importa.
Mantenha as luzes acessas da sala, os fantasmas agradecem todo
esse amor no mofo das paixões.
Uma livraria, amor dos olhos, de mãos a afagar livros, mortes a
caminho, rugas que atravessam vidas.
E o sonho perdura até o fim, o tempo talvez não tenha sido mais
generoso do que uma xícara de café.
E que nada lhe tirará, que o estrago na vida já cuidou de fazê-lo.
E a solidão existe, longe dos livros.
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