“Agora
a sentimos inesgotável
como
um antigo vinho
e
ninguém pode contemplá-la sem vertigem.”
(J.
L. Borges – História da noite)
E uma voz dançava em meus olhos,
estonteante,
Cabelos soltos em braços enérgicos, um fio
de luz,
Aumentava nossa música, o corpo em
movimento,
Os sonhos noite adentro, no balbucio em
ritmo,
O desejo de cantar a relva das folhas nos
abraços,
O outono joga teu cheiro que toma conta dos
sentidos,
E o distanciamento que aproxima os opostos,
Da Terra e da água no perfume que se perde.
Dos prédios que nos separam, das ruas que
nos unem,
A fonte de águas morredoras em lágrimas que
escoam,
Teu olhar pegou o último voo, estás livre.
Não depender da nação, sentir saudades da
infância,
Tudo é movido, move nossos sonhos.
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