“Somos poetas no silêncio da
introspecção.”
Juremir Machado da Silva
A ideia fluida corre ao vento, ao sol
queima o lado sombrio,
a vida se oculta do corpo que passa ao
tempo.
Tão longe da dor, tão próximo do fim,
o tempo esquece de tudo que é humano,
desintegra-se na natureza.
Desde a remota lembrança, desde o primeiro beijo,
a vida foi intensa,
a gratidão é compartilhada na solidão deste
olhar guardado.
A caixa está fechada, o tempo pode esperar,
o amanhã renascerá,
a vida passa pelos sentidos, a linguagem
ganha força, o sonho é filme, a trilha é o elo entre a compreensão e o poder
viajar para dentro do mundo.
Estamos ainda a olhar, aprender que viver é
mais que uma intelecção da racionalidade.
Sem a solidariedade nosso orgulho não se
salvará. O domínio é eminente, está preso na liberdade provisória, o trajeto do
caminhante se refaz no confinar.
Amanhã o porto será a porta de saída, o
retorno ao mundo.
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