“Como
se pudéssemos erguer um só alento
ante
o término do alento.”
Paul
Auster (poema No fim do Verão)
Gosto
de brincar com as palavras, como se meu pensamento voasse da terra ao mais
distante lugar, que nem o sentimento mais fraco alcançaria, pensar frágil na
força do voar, como se lá pudesse penetrar palavras singrando o voo entre água
e céu, um veleiro a sair da profundeza das águas escuras, aos poucos muda a cor,
o límpido do pensar, a água se misturar com o olhar que sobe na distância a
perder de vista. Como se juntasse o mar com o céu, o veleiro de um lado ao
outro, serpenteando o tom de cores e textos, que ao subir sem jamais retornar à
terra. No fundo o dia se pondo, o vermelho do sol, como o mar a transmutar no
deserto ardente, na trajetória das fugas, no inventar dos lugares, existirá um
pensamento eclíptico em consonância dos dias com o corpo. O fogo no coração, os
olhos líquidos rumo ao escuro das águas. A noite alcança o corpo que descansa à
deriva.
Um comentário:
Vim te ler. Estou gostando. Vez em quando dou uma passada por aqui...
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