sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Veneno do acaso






“Liberdade de usar qualquer tom.”
Albert Camus

Quando te encontrar, diante dos olhos, longo sorriso que preenche o Outro. Juro: hei de pensar antes mesmo de não pensar em mais nada. Quando um dia te encontrar, quando os olhos estiverem diante dos olhos, do corpo personificado da alma, alheio ou não. Juro: hei de seguir a sonhar e a viver sem a certeza dos absolutos. Quando te encontrar, nesse dia, não estar eu mesmo, no dia certo de disponibilidade e em disritmia diante dos fatos, estarei a dizer: hei de ser fiel aos meus instintos. Partir antes de morrer, o veneno dos encontros é que move a poética dos desencontros.


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