“Inteiramente diverso é o que se passa com o tempo linear.”
Karl Jaspers
Estamos vivendo tempos difíceis, essa
evangelização nos sentimentos, na cultura, na forma desapegada que se tem para
levantar os braços e agradecer a torto e a direito a tudo que é de ordem divina,
do esforço de cada um, do cérebro de cada um, o que é da Vida passa a ser a mão
do senhor.
A criação dos homens virou uma
dádiva, logo agora que não existe nada de criativo nas atitudes e nem no que se
apresenta como sendo cultura, música, literatura e outros fazeres dos homens
que se acham donos da Terra.
Estamos vivendo esse tempo de gerúndio,
de poente nas histórias; na política, o pensamento de esquerda está mais
perdido que papel ao vento, a direita, está cada vez mais orgulhosa de suas
atitudes, de seus propósitos e agradece ao senhor do egoísmo... Mas esse tempo é
mortal. Felizmente. Estamos a viver todos os tempos num só século. A água está
suja, o plástico é uma ilha para os olhos dos homens, então, alguém poderia me
dizer uma coisa: onde andam os deuses e seus sons, onde está a pintura dos
girassóis e os cineastas libertários, onde estão todos?
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