domingo, 19 de julho de 2015

Movimento




“A arte só está próxima do absoluto no passado, e é apenas no Museu que ela ainda tem valor e poder.”
Maurice Blanchot


Meu grupo é tão seleto que não existe, vivo no limbo da desatenção, permaneço só na multidão, mordo a cauda da serpente, vejo no espelho o movimento do corpo, vejo a luz difusa, a névoa de um domingo cinza. Corro feito louco para ver o mar, nado fundo para não mais voltar, sigo em braçadas até o fim do livro. Vejo a mesma cena do filme que passa aos olhos, ouço o som no fundo do pensar, marco a linha imaginária na tela para traçar minha fuga.


Um comentário:

Marta Martinz disse...

ou se reencontrar...muito bonito!

Passagens

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