“Estimam
que se tudo passa, nada existe; e que se a realidade é mobilidade, ela já não é
o momento em que a pensamos, ela escapa ao pensamento.”
Henri
Bergson
A distância entre o pensar e o refletir
sobre um objeto é absolutamente necessária para se saber a medida que existe
entre o que se pensa e o que se vê. Então, ver e pensar estariam juntos na mesma
caminhada desse ato de imaginação? A reflexão que move essa proposta de pensar move as ideias, digo o que se pode olhar e pensar sobre o real, falo,
sobre a teoria do que se nomeia como real, o que está no objeto, mas o que
penso nem sempre é o que está lá fixo no objeto, mas nem por isso, ver e pensar
é a garantia de que algo real existe neste ato de pensar. A imaginação é o momento
em que o fenômeno sobre o estado das coisas se torna um pouco mais palpável: o
que se imagina é o que está por trás do pensar, a ideia é ir além dos
conceitos. Ainda ontem embaralhei as cartas do pensar, o dilema entre ir à
fenomenologia para descobrir o que me faz escolher o que pensar no momento ou
ficar no plano de tentar desconstruir as imagens do pensamento. Como sou um
homem na escuridão deste século, preferi abrir alguns livros, depois me
contentei com as imagens de um documentário do cineasta Godard. Fechei as
janelas e fui ouvir Gabriel Fauré.
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