Meia-frase, meio-tom, um verbo solto, uma ilusão, a
linguagem voa, o labor dos sons, as imagens, a nudez da vida, o vibrar dos
tempos, a palavra é sagrada mesmo crua. O sagrado do niilista está na
linguagem, a lógica das ideias está no som da escrita, o silêncio é poder ler
tudo sem esquecer do presente. O passado é um prédio de todas as línguas, a voz
ressoa no esplendor da história. A vida, o caminho, o corpo, as mãos, os olhos,
todos, inundam o presente de uma linguagem ausente. O covarde prende os dedos
na voz traiçoeira para salvar a integridade do corpus, a linguagem morre nele,
a vida não precisa de integridade, a vida é o labor dos olhos, uma pintura no
muro, um livro inacabado, a memória do esquecimento é o lembrar dos que lutam.
quinta-feira, 1 de maio de 2014
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