“Assassinato do Real: isto soa como Nietzsche
proclamando a morte de Deus. Mas este assassinato de Deus era simbólico, e iria
transformar o nosso destino. Ainda estamos vivendo, metafisicamente vivendo,
deste crime metafísico, como sobreviventes de Deus. Mas o crime perfeito não
envolve mais Deus, mas a Realidade, e não se trata de um assassinato simbólico,
mas de um extermínio.
(...) E isto porque o Real não está apenas morto
(como Deus está); ele pura e simplesmente desapareceu. Em nosso próprio mundo
virtual, a questão do real, do referente, do sujeito e seu objeto, não pode
mais ser apresentada.”
Jean Baudrillard
O que é percebido, o que é visto antecipado por já estar
lá, é que está fora do conceito, o conhecer disso é poder de observação ao
longe; mais de perto, é poder compreender que se existe, é o que ali está no
canto de todos os objetos, imagens inventadas, pensadas, antes mesmo de serem nomeadas
e o que não precisa ser quantificado, por exemplo, a vida... é o que temos, o
que está posto sobre o mundo. A vida é tempo sem tempo a preencher o ar com
inaudito, com aquilo que ainda estamos tateando, o perceber é condição para se
conhecer. Pássaros de um real que não existe.
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