quarta-feira, 19 de junho de 2013

A Revolta de Jean Baudrillard



“Quem pode enfrentar o sistema globalizado? Com certeza não é o movimento antiglobalização, cujo único objetivo é barrar a desregulação. Seu impacto político pode ser considerável, mas o impacto simbólico é nulo. Essa violência ainda é uma espécie de peripécia interna que o sistema pode superar, mantendo-se dono do jogo.”
Jean Baudrillard

A força do pensar baudrillardiano se mantém mais do que viva, é o transparecer contra a representação, é o olhar ao sol contra o olhar cadente, único, o olhar contra os que pensam que as ideias existem para legitimar algo. Isso já passou. O tempo deles está morto, vem se desmoronando – lá pela metade do século XX–, mas ninguém ousava pensar diferente, porque pensar a diferença é sempre um afronto aos ideólogos de um estado de conceitos que foram se sobrecarregando, obsedando, o mundo de uma fuligem que na certa, um dia, todos os dias isso vem acontecendo, os dias vão mostrando o contrário...Aí todos, sem distinção se tornaram cada vez mais seletivos, tentaram salvar suas almas de pesquisadores impondo um pouco do que restava da modernidade, do pouco que restava do ideário conservador, ou seja, de primeiro a Redenção – a sua....o Reconhecimento – o seu....depois os Outros....aqueles que só poderiam chegar perto, reverenciar, antes era da ordem dos adoradores, hoje, no esfacelamento desses valores, na tentativa última de glória, virou sinônimo de todas as esferas da vida. O cotidiano se encheu de tudo isso...agora...e agora o que temos? A liberdade, um dos poucos atributos, um dos poucos conceitos que não morreram com a destruição dos valores do século XX.

“Profetizar a catástrofe é de uma banalidade inacreditável. Mais original é considerar que ela já aconteceu.” Jean Baudrillard
            De Jean Baudrillard - New York - 1997

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