O mundo consta da sua matéria total. Pois, não é
possível existir outra terra diferente desta, porque qualquer outra, onde que
se achasse tenderia para o centro desta.
Tomás de Aquino
O movimento permanece ininterrupto, só as mãos, absoluta do Nada, o poder de manipular as coisas, um comando do cérebro e
a língua brota da tela, um comando dos nervos, a tela se move em imagens. A
imagem úmida não diz nada além daquilo que o desejo de molhar o mundo com
coisas menos imundas é nascedouro do texto.
O texto tem seu movimento, o mover não
é único, como se existisse um apenas, um primeiro movimento, um Deus em sua
unidade da ordem e que todas as coisas pertençam a um só mundo. Aquilo que eu
chamo, às escuras, roubarei a máxima de Tomás de Aquino para sobreviver ao texto que não
chega ao fim.
O fim é sempre um começo, mas ao contrário do filósofo, a ordem não é legitimada pelo texto fundador.
O fim é sempre um começo, mas ao contrário do filósofo, a ordem não é legitimada pelo texto fundador.
Hoje o texto é a não unidade das
coisas, o texto é a não unidade de um exemplar único no mundo. Hoje, o mundo,
esse exemplar é o texto estilhaçado em muitos mundos, o porquê das coisas de não
terem apenas uma unidade, um entra e sai ao mesmo tempo das unidades contrariam
a ordem do criador.
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