Tejo
Tímida Alegria
tenho vício à rima, e ao mal de não dizer. e o que perdôo me castiga ao fim da tarde. há cinco anos o silêncio de minha mãe. a casa já só sabe ser mui quieta. mas a vida espanca. amanhã o fim da tarde me espera noutro canto. no avesso do mundo que cala. lá onde revelia é desculpa de minuto para ir a outro ponto: minha secreta viuvez tão longe, severa sobriedade já não é. (Mariane Farias)
Ainda
Chegou como Madredeus agora vindo com "Ainda". Melódico. Um tempo que ainda não cansamos de perder e pensar. A literatura é assim, esses vícios melódicos, doídos no fim de tarde, no encontro do texto com tempo que a solidão se apresenta. Assim, bem assim, eu li o texto.
"O livro de caracteres figurados, não traçados por nós, é o nosso único livro" G. Deleuze em "Proust e os Signos
3 comentários:
isto é que é bom: quando o texto suscita outros textos, se estende, se desdobra...
'o que perdôo me castiga ao fim da tarde' lindo demaaaaaaaaais isso
beijos, querido
MM.
>>> desisti de desistir, ia fechar o fina flor, mas desisti, rs*...
Mõnica, linda frase da Mariane. Confira o blog da moça. http://contemplareumatoviolento.blogspot.com
Beijo
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