segunda-feira, 21 de abril de 2008
Por uma filosofia a três, a transdisciplinaridade do pensar-juntos
Pintura de E.E. Cummings
O homem anda às voltas com a “dupla verdade” desde os escolásticos, desde de Averróis, que vem solucionando esse problema por centenas de caminhos diferentes do pensamento. Ou melhor, do conhecimento. O idealismo cravejado na humanidade perpassa por todas as correntes do saber e mesmo no “nominalismo”, na arte da lógica, ele se vê dando pitada de ideal nas proposições. A especulação é a saída para justificar a existência de algo superior ao próprio ato de conhecer. Desde quando algo superior convive com os homens depois da morte de Deus? No lugar da falta se colocou a Razão, no lugar da Razão se postula as verdades candentes, aquelas que preconizam e estabelecem as regras de todas as ciências. A realidade não se esgota, não se esmorece diante do excesso, apenas Satura na exigência do pensamento.
O melhor atalho, a meu ver, neste momento é Heidegger quando pergunta sobre o sujeito quando sai de “sua esfera interna e chega a uma ‘outra’ esfera, a externa?” (O Ser e o Tempo,§ 44), ou como se pode ter com o conhecimento o objeto? Heidegger pergunta: como o sujeito que conhece conseguirá essa empresa “sem precisar arriscar o salto numa outra esfera?”. O resumo para o conhecimento não termina na filosofia heideggeriana até porque ele dirá que a cada conhecimento do ser, por ser parte do mundo da vida, revela-se um “cobrimento” das tentativas de tudo conhecer sobre a Verdade.
O absoluto é o fantasma que ainda ronda às Ciências humanas? Existem os teóricos achando que descobriram a teoria da comunicação como sendo uma ciência para todos os males dos excessos da mídia, ou a redenção das tecnologias na informação e que darão conta das proposições acerca do legado sobre o sujeito e o objeto.
Só para enfatizar um pouco mais sobre as teorias lembrei do poeta, dramaturgo, pintor e ensaísta E.E. Cummings (tradução de Augusto de Campos, Brasiliense).
“Minha teoria da técnica, se tenho alguma, está muito longe de ser original; nem é uma teoria complicada. Posso exprimi-la em quinze palavras, citando A Eterna Pergunta E Imortal Resposta do teatro burlesco, i. é: ‘Você bateria em uma mulher com uma criança? — Não, eu lhe bateria com um tijolo’. Como o comediante burlesco, sou extraordinariamente apegado àquela precisão que cria o movimento.”
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Passagens
Brassaï - Pont Neuf, Paris (1949) “ As ruas são a morado do coletivo.” Walter Benjamin “Na praia, o homem, com os braços cru...
-
Capa de Danni Calixto Reescandalizar Baudelaire, ou como ser fielmente infiel Esta tradução é uma homenagem e um diálogo com três dos maiore...
-
Existem duas maneiras de começar a tecer o comentário sobre a obra de Hélio Strassburger: a primeira é descrever um pouco do que é o liv...
2 comentários:
adorei a pintura. quanto a busca pela Verdade... Espero que seja eterna... pelo menos enquanto existirem homens pensam e sentem. como tu.
beijos
meu bom, estou agitada demais para ler, repletir, pensar...... passe no canteiro e vai entender pq.
depois volto com mais calma para ler, tá?
beijos e boa semana,
MM.
ps: tive que tomar uma medida mais drástica, digamos assim, em relação aos meus vizinhos.... passe lá no canteiro e veja.
Postar um comentário