terça-feira, 15 de abril de 2008

A liberdade em Morin no Surrealismo




“Minha única estrela vive.” André Breton em Arcano 17

A poesia para Edgar Morin não é o simples ato de escrever, recitar e sim de viver intensamente. Ontem Morin trouxe o Surrealismo como retomada de vida, do “improvável”, luta incessante contra o provável, contra aquilo que ele sempre combateu: o cerceamento da liberdade.
André Breton no seu belíssimo livro Arcano 17 (Editora Brasiliense, 1986)

“O pensamento poético tem, obviamente, uma grande afinidade com essa forma de agir. É inimigo da pátria, e está eternamente de sobreaviso contra tudo aquilo que pode querer ardentemente apreendê-lo: é nisso que ele se distingue, na essência, do pensamento comum”.

Volto à noite histórica de ontem no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, retorno à leitura Morin em Meus Demônios:

“A adesão ao marxismo foi uma adesão à doutrina levando em consideração o gênero humano. Os intelectuais que se aliaram ao comunismo e ao trotskismo o fizeram pela causa da humanidade, Camus falou em nome da humanidade exprimindo seu horror pela bomba de Hiroxima. Mas quantos erros e horrores foram cometidos acreditando-se servir ao gênero humano! Em todas as variantes do comunismo, a causa da humanidade foi desvirtuada por seus cegos servidores.”

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