quinta-feira, 27 de setembro de 2007
O IMAGINAR DAS PALAVRAS
Les Amants-1904-Picasso
“Nós somos o seu mundo e elas o nosso. Para capturar a linguagem não precisamos mais que usá-las. As redes de pescar palavras são feitas de palavras.”
Octavio Paz
O que não nos permite mais nos vermos, é o que permite de nós sermos sozinhos, por breve espaço do tempo, onde tudo se evaporou. Hoje ficou um vazio, uma solidão alojada ao lado do corpo inerte.
A tortuosa solidão está aí, na tela, no espaço entre os minutos que não lembraremos nunca mais e o que não permitirá que eu vá mais além, mas mesmo assim, mesmo, existe um processo de memória recente, algo que tange o lado sensível da reflexão. E os outros sentidos? O espaço imaginal, lugar em que tecemos nossos sonhos, e de lá tratamos de registrar, esse espaço que é o lugar do momento mútuo de ainda existir a possibilidade dos encontros.
Como se eu sentisse algo por alguém no plano virtual, mas que a ideia, numa construção, acaba dando espaço para a memória reconstituir todos os dias essa ideia.
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2 comentários:
e o q somos, senão isso?
beijos. vc se faz presente com suas idéias e sua virualidade, sempre.
sei como é isso.... saudades do que não aconteceu....
bom domingo, querido
beijos
MM.
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