quinta-feira, 16 de agosto de 2007


O Cotidiano dos espíritos livres depois de Nietzsche

As Ciências Humanas está salva dos grilhões impostos pelos incautos terroristas, sobreviventes da última cruzada, e além do mais dos frankfurtianos vinis que ainda tocam nas paradas de sucesso acadêmico? Nietzsche preciso/impreciso, foi o caminhante de todos os séculos que afrontou a boa conduta do Iluminismo. A genealogia da comunicação na modernidade será desafiada pelas novas formas de compreensão do presente.
A cultura moderna está a um passo do fim. Nietzsche não proferiu isso, não escreveu, mas o filósofo minou o seu tempo com as marteladas endereçadas ao seu tempo. O tempo da solidificação, da certeza da razão contra as incertezas do ser.
A terra não era vista por satélites mas pensada por espíritos livres. Nietzsche é o espírito pré-moderno. Deu o nó na razão da filosofia dos espíritos livres. As grandes revoluções aconteceram e ainda estarão para acontecer? O filósofo mostrou o quanto foi preciso ser impreciso diante dos pensamentos revolucionários.
A modernidade na tentativa de buscar a totalidade do sujeito, em uma perspectiva ontológica, colocou a idéia de sujeito na projeção de futuro.
Para a Teoria Crítica, a modernidade é o caminho para o homem-sujeito construir a sociedade, e assim se tornar indivíduo. Nas tentativas de amarrar a idéia de razão livre, herdeira da tradição boa do iluminismo, os pensadores da Escola de Frankfurt deram continuidade ao projeto emancipatório do sujeito. Mas sem antes de conceber um projeto crítico sobre o conceito de cultura. Não. Até a isso foram precisos.
Comandado por Adorno e companhia, se pretendeu fazer a exegese filosófica do homem com relação à indústria cultural. Noutra perspectiva os frankfurtianos, no ideário marxista, implantaram a crítica ao capitalismo e os rumos da humanidade.
O capitalismo já não era só a livre iniciativa, agora entrava na competição corporativa. A razão instrumental é o controle por excelência do homem na sociedade capitalista.
O pensamento da escola crítica ganha adeptos até em sua tentativa obtusa de torná-lo um pensamento atualizado.

2 comentários:

. fina flor . disse...

rapaz, fechou com ponto de ouro esse texto. Gostei!

beijos e bom fds

MM.

Ju disse...

tantas coisas para dizer... teoria crítica, complexidade, existência... mas hj só lembrei das caminhadas pelas ruas de Curitiba com a sua companhia!
obrigada por tantas boas idéias. escritas, faladas, sentidas!
beijos, beijos!

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