Atravessamos
muros,
Invisíveis,
voamos desde o sul,
Embarcados,
voamos em olhos de tempestade.
Atravessamos
a nado os oceanos,
Repetimos
os cânticos de liberdade e fugas,
Nos
refugiamos. Ilhas inexistentes e do nada,
Os
abraços saciam nossa vontade de partir,
A
dor é não dizer adeus.
Atravessamos
todos os países até cair de cara em tuas ruas.
A
velhice é mais lenta para quem não teme mudar.
Mudamos
a cor de nossa dor.
Comemos
o levain que o mal desperdiçou,
Estamos
em Dublin pra te ouvir.
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