sexta-feira, 14 de junho de 2019

Muros de Dublin







Atravessamos muros,
Invisíveis, voamos desde o sul,
Embarcados, voamos em olhos de tempestade.
Atravessamos a nado os oceanos,
Repetimos os cânticos de liberdade e fugas,
Nos refugiamos. Ilhas inexistentes e do nada,
Os abraços saciam nossa vontade de partir,
A dor é não dizer adeus.
Atravessamos todos os países até cair de cara em tuas ruas.
A velhice é mais lenta para quem não teme mudar.
Mudamos a cor de nossa dor.
Comemos o levain que o mal desperdiçou,
Estamos em Dublin pra te ouvir.

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