Poeta,
poética, zuar à luz meu céu,
Através
do canto entoo a cor da boca,
Que
penetra o corpo, se volta para a alma,
Reluz
no desejo pagão, no ensejo de voo sem asas.
Ótica
da vida, luas luz meu sol,
A
vida é cheia, logo ali um diz, que gordura,
Outro
diz, que velhice, outra diz que pele,
que
resseca com a dor de tanto dizeres.
Narrativa,
falatório no vácuo da solidão,
Contrariado,
ouve o silêncio dos que falam,
Todos
ao mesmo tempo narram sem se ler,
São
felizes e riam de suas narrativas vazias.
Tempo,
memória do resgate, coração em alerta,
Nem
toda história consegue ver o fundo dos olhos,
Não
esquecer é lembrar, viver é permanecer atento,
O
irrealizado é um detalhe do não retornar ao passado.
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