domingo, 1 de janeiro de 2017

Índice visível dos IMAGINADOS

      Imagem de Tokyo



“O real escapa a cada linha como se não passasse de uma vaga referência literária. Paradoxalmente o inverossímil não deslegitima ou falseia a narrativa.”
Juremir Machado da Silva

“(...) um recorte do vivido em atos descontínuos ou uma referências a ‘coisas’ cujo estatuto não se precisou, ou somente uma posição entre o visível e o invisível.”
Maurice Merleau-Ponty


Tive um sonho, em que ela estava em pé,
eu sentado em uma poltrona, olhos fixos, perdidos.
A visão mais linda era que ela estava seminua, livre.
Eu sentindo o todo do seu cheiro, a voz vindo de cima
como um som que escorrega, carrega a imaginação tilintar,
o sussurro descendo os seios, barulho de água nas pedras, um instrumento entre a natureza e a imaginação.
O ventre quase dentro de mim. Meu campo de visão, coração aberto no tempo perdido.  
Minha boca se perdendo no tempo de um corpo, a voz indo no mesmo ritmo de minha língua. A explosão de um planeta a milhões de anos nos faz sentir seres imaginários.


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