sexta-feira, 22 de maio de 2015

Caminhos do neologismo

  Tiro instalação de Mile de Duchamp de String, uma imagem original John Schiff, 1942, Philadelphia Museum of Art.


“O desejo é fundamental polívoco, e sua polivicidade faz dele um único e mesmo desejo que banha tudo.”
(Kafka: por uma literatura menor)

“...formas de corporeidade, de gestualidade, de ritmo, de dança, de rito, coexistem no heterogêneo com a forma vocal. ”
(Mil Platôs)
Deleuze e Guattari


Ainda sobre o neologismo no pensar, o pensamento é um voo que vai além da univocidade, ele tem sua pluralidade no efeito dos significados. Está certo, o significado é preciso mas ele percorre o signo como um estilhaço de origens. O fato de existir a criação, de recriar naquilo que já existe outros existentes nomes é o que legitima a polivicidade dos nomes.
Um nome sozinho é um achado no meio da linguagem, é o que faz o filósofo da contemporaneidade, não recorrer apenas o existente e não se iludir com os nomes, flexibilizar os caminhos, romper barreiras com a força da linguagem. Não existe um sem outro, o pensamento e a linguagem não estão isolados. Mesmo com o artificialismo das coisas, até aí foi preciso o pensar sobre a origem da polivicidade das formas. O pensamento serve ainda para contribuir nos mistérios da criação, a linguagem é o caminho do neologismo desterritorializado no fluxo da linguagem do cotidiano.

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