“Essa de ficar na de que o Brasil não tem
ponta direita,
O Brasil não tem isso, o Brasil não tem aquilo,
Que black navalha é você, Beleléu?”
Itamar Assumpção
O Brasil não tem isso, o Brasil não tem aquilo,
Que black navalha é você, Beleléu?”
Itamar Assumpção
O Brasil da conversa mole,
mais elegante o “blaguer” brasileiro já visto e revisto pelo nosso filósofo do
cotidiano poético musical Itamar Assumpção quando disse “chega de conversa mole
Luzia”, o nosso expoente pós-tropicália em sua dor elegante é mais filósofo que
muitos em mim e nenhum entre ele e a natureza, na música de Tom o som é o
alerta da natureza e dos amores. Mais filósofo do que os que enfileiram os quadros doutorais da linguagem, das ideias e das ideologias. Então, nossa real
companhia, a vida nua e crua, já foi olhada e escrita no cotidiano, é escrita
todos os dias no Brasil ainda nos filamentos de vidas que nascem por aí. O real
está repleto de pensamentos que driblam o absoluto da força que alimenta a
voracidade dos proclamados, dos escolhidos, e por isso, é por tudo isto, meus
senhores, devemos partir da realidade ao sonho e não da ilusão ao sonho. A
ordem é não obedecer a minha ordem, é retocar o soneto do som que vem das ruas,
das palavras que brotam dos grotões e ver no que se vê o olho entre olhares na
multidão. O visto é o que não está dito, hoje, o visto é só na retina, um signo
que diz que compreende mas desconhece o significado do sentido. O lido será
sempre a compreensão do real do que é visto. Dito e não visto, o país é o prato
dos que cantam e leem, o que do mundo se come, aqui se morde.
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