“A desmedida me conduziu à
medida: colo na imagem, nossas medidas sãs as mesmas: exatidão, justeza,
música: acabei com o não chega.” Roland Barthes
A minha língua é a tua
medida, a distância entre o sentir e o ver das paredes que nos protege. Sou
parte de tua parte, carne de tua pele, ossos de tuas dobras, sou o Outro a te
perguntar, sou um semblante entre o Eu o espelho da velha casa da infância. A
tua imagem já existia desde sempre, entre o sonho e a boca... A medida da minha
dor é a letra em sangue que risca tua roupa até o decote de folhas coloridas
que vai até a última tatuagem de tua lente. Um olho atento vale tanto quanto
pesa a beleza da imagem, quem vê poderá sentir e pensar sobre o dizer do que se
vê... a imagem vive para além da tela.
(National Portrait Gallery)
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