“Por sua vez, o tempo que redescobre não é estranho
ao tempo perdido: nós o redescobrimos no próprio âmago do tempo perdido.”
Gilles Deleuze
Os pontos que ganhamos na vida vão além do nada adiante dos
pontos que ganhamos no jogo que nos foi imposto, nada aquém das perdas no tempo
que ficamos a calcular a medida exata para se ganhar o jogo do pensamento.
Perder é a aposta menor em
relação a dor daquele que já perdeu na vida. O Ser e o Jogo, eis o jogo
existencial do século XXI... o que percorre no sangue de todos que vivem o
limiar da imagem à linguagem digital do pensamento, ao passar do ato de
transformação criativo ao ato de jogar o lance da linguagem misturada no pensar
ao tabuleiro invisível que o jogo apresenta aos jogadores do pensamento.
Existem outras formas de
conhecer esse jogo, através da derrota é um deles... Eis o outro fracasso do
jogo, o que se assemelha à vida, o que vai além das expectativas de vida: o
jogo é uma música perdida, a lógica do jogador é esquecer o real, a lógica da
vida é mostrar ao jogador que o seu fim existe.
Eu me abstenho nessa parada...
neste último lance dos dados invisíveis... ando ao lado do intransponível, do
Acaso...nem toda regra é absoluta, e sei que nem todo Acaso é uma regra, eu me
torno parte das ideias antes do fato consumido e mesmo se tratando de
linguagem, o devaneio subjetivo contraria a tudo e a todos. Eu me abstenho...prefiro
o risco inominável da linguagem. (continua ao decorrer da leitura em Deleuze).
De Mike Hoolboom - blog.
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