terça-feira, 20 de setembro de 2011

Revolução


                        
Alexander Deineka

Revolução

Na Terra-mãe, a língua é de todos
A cor dos olhos está na flâmula ao vento,
a vida no tempo é como árvore que envelhece.
A religião está no Estado como o Estado está nos ombros,
a nadadura e os braços encontram o outro lado rio.

Aqui ninguém me ouve, não leram meu manifesto,
aqui o andar é silencioso, ruidoso é o ufanismo.
O engano é o vapor digitalizado nos cérebros,
por isso, é isso, língua ensopada, carne crua, espeto torto
e um monte de vozes a entoar o que não existiu.
Saio de casa encontro uma bandeira,
um cavalo mais vivo que a vida
a levar a História.



2 comentários:

marta disse...

e um monte de vozes a entoar o que não existiu.... gostei!

Luciano Abbamonte da Silva disse...

maravilha! "silêncio, no hay banda", no hay banda larga! "Nyozê Honma'kukyoto", consistência do início ao fim. Fuerza! Suerte!

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