“Estou a caminho com a minha visão”
Walt Whitman
Ainda
penso em fugir nadando, ir mais longe do mal que nos atinge, a pandemia da
ignorância.
A
última previsão é o mar revolto, água límpida da dor,
A
liberdade não me dá asas nem oferece um barco de outono.
Tenho
que ir sem olhar para trás, adentrar o mar,
Águas
frias, correntezas fortes a me levar a outra consciência.
A
visão daqui, ruas silenciosas, casas em suas luzes guardam tudo que se pode
imaginar,
Então,
tenho que sair voando janela afora, até a primeira correnteza.
Mergulhar
que nem pelicano, afundar a fúria do cotidiano,
Atravessar
todos os lugares possíveis, sem ver a insanidade.
O
povo está quieto, só Dylan na essência noturna ouço,
Os
dias dissimulam, viver no país está sendo um desafio.
A
única arma será o vômito escárnio contra os que marcham com seus hinos.
Vou
cerrar as janelas, usar a máscara invisível e rumar ao porto mais próximo.
Abril está fechado.
Difuso
Das cores
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Lindo...
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