“O que é primeiro não é
a plenitude do ser, é a fenda e a fissura, a erosão e o dilaceramento, a
intermitência e a privação corrosiva.”
Maurice Blanchot
Rosa roseira, escravo dos espinhos, o homem tira o véu da cabeça, deixa à amostra sua identidade, não teme os olhos, nem o odor dos dias tristes. Acorda entre livros, dorme entre sonho e medo, descobre os caminhos do imaginado.
Manhã de mate:
Matinal, noturno de olhos ensebados, guarda-ressaca.
Manhã de sol:
Livro aberto, o que cata tela de música, linguagem dos sentimentos diria Thomas de Quincey do futuro.
Impressão digital na fronte, mágoa de domingo,
rio que desce, corre o céu, prédio de janelas escancaradas, seios no parapeito, beleza diante da câmara, olhos negros,
riso lúdico, mãos nos cabelos, o teu corpo é uma flor do presente.
Tarde cinza:
O escavador de sonhos, vive em busca do pensamento, o ato de pensar ainda não começou a pensar, e Artaud jamais esqueceu as perdas do viver
A verdade é que me
coloco a uma distância de quinze a vinte anos à frente deste tempo.”
Thomas de Quincey
*(Reler, texto de
agosto de 2013, o texto movente no tempo.)
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