“Foram o pão e o sal de meus primeiros anos. São eles a
verdadeira e secreta vida de meu intelecto.”
Elias Canetti (do livro A língua absolvida)
Na
língua, a ginga, a sonora, a fala solta,
O
verbo desprezado, o vento a zumbir.
O
verbo engolidor, a voz que te falta,
O
tempo é testemunho da imperfeição.
Na
altitude o desejo superior, a brancura é farsa,
O sujeito
entra numa espécie de devir étnico,
Desconhece
o resto do corpo, o domínio é forte.
A
morte o desfaz em segundos, não perde a pose dos dentes brancos.
Falta
movimento na política, o corpo é preso.
Saída
escusa povoa a cartografia de um país,
Podridão
é mero passaporte para o inferno.
Dissolvida,
a língua muda de lugar, a interioridade,
Espaço mediatizado entre a
fuga e o morrer na alvura.
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