segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A Câmera que olha




                                           


Sequência do Détective de Jean-Luc Godard

















"O limite ou o interstício, o corte irracional passam eminentemente entre a imagem visual e a imagem sonora." Gilles Deleuze


Será que um dia o tempo dos livros teóricos sobre cinema voltarão? 
Godard o que pensaria em ver as imagens lidas e escritas em outras línguas?Novamente Deleuze: "Godard gosta de lembrar que, quando os futuros autores da nouvelle vague escreviam, não escreviam sobre o cinema, não faziam uma teoria dele - era, já, a sua maneira de fazerem filmes."O céu fabricado pela filosofia existe para povoar a imagem: um cinema de conceitos que todos veem de vários ângulos, por isso prefiro o vinho com o cinema, a música, a letra, as legendas em muitos idiomas e a impureza do signo a transferir o que vai para além do conceitual. O que discorre é a linguagem, o pensamento expressa sua força no ato de ver, sentir e a compreensão é necessária diante da sequência historial. As pernas olham o dia, olhar para dentro do quarto outra imagem dos olhos.

2 comentários:

. fina flor . disse...

teorias nem sempre são bem vindas, mas a prática, sempre ;-)

beijos, querido e boa semana,

MM.

Luara Quaresma disse...

O céu é fabricado, mas as nuvens dependem do nosso olhar. A cor é a trilha sonora. Só.

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