domingo, 19 de julho de 2020

Transmutar





Brilho, brilhoso, o que cintila dos olhos no Outro,
O olhar passa de lado a lado com se fosse a Terra,
O giro da dor, a expressão fugidia, o olfato, o calor.
O rio ao longe, o passado ali disposto a cintilar.

A coruja descansa seu olhar do tempo, o noturno,
Que descansa o corpo a ser vigiado pelos deuses,
A sabedoria é primazia dos esquecidos, noite.
O dentro do olho de vidro, o que observa o tempo.

O olhar onissapiente desdiz o sono dos esquecidos,
A coruja é a única que guarda seus segredos,
Talvez amanhã ele nem esteja mais vivo, o frio.
E no alvor a sobremanhã desnuda os mistérios.




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