Minha
alma, minha fama, roupas minha Alfama jogadas ao Tejo. Amarrotadas de solidão,
ruas e sol, sobre as pedras o caminho entre cores, a chuva absorve o olhar. O
seco da boca, a dor dos pés, a trilha que leva do lado de lá da ponte. A ladeira
dos sonhadores, o comboio leva a dor das paixões, o fado a cantar, música ao
léu, um corredor de flores, dor que molha e seca na Alfama. Três nomes no
pensamento: Partir, Voltar, Nadar. Um longe, um perto, o sonho que dorme e
acordes da viola nos passos que some no alto da cidade. Todos os olhares ao
rio, um dia morei em ti. O que une e separa é o oceano que penetra no Tejo até
a dor dissipar o medo do passado.
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