Ninguém
sente, nem olha, a frente é que se pressente,
A
imagem distante fica de frente, o tempo que existe,
A
lente que perfura o coração exausto, batimentos da vida.
O
que nem todos percebem é que o tempo é um tanto diferente.
Ele,
sem as rédeas humanas, é o pêndulo dos poetas,
Torna
invisível tudo que ata, entre nós, a âncora estende a vida,
Do
barco, o mesmo fluxo dos trajetos,
O
desconhecido é que está atrás da sincronia do tempo.
E ninguém
olha mais por dentro, está tudo do lado de fora,
Em
frente, a imagem segue reunindo fome de signos,
Milhões
de gente, e nem tudo é vida.
Às
vezes mata por não aceitar o Outro.
Ninguém
diz mais que a verdade depende da vida,
A vida
é um coração frágil.
Nem
tudo é visível, o que se alimenta da razão que inventa,
É o
real que vira semente do imaginado.
Nem
todo bem é o todo que é, parece ser diferente,
Melhor
é a invisibilidade sincronizada do Ser que se refugia no tempo.
Nem
toda noite é escura, nem todo dia é dia.
Toda
semente há de viver além das forças das mãos que envenenam,
Da água que seca, o fogo que avança e mata mais a frente.
Da água que seca, o fogo que avança e mata mais a frente.
Nem
tudo é dor por doer, tem a morte que dribla a vida,
É
da vida, esquecer um pouco do fim sem tempo certo para acabar.