domingo, 18 de março de 2012

Caminho



Minhas mãos ensanguentadas dizem tudo, minhas mãos assassinas dizem nada, eu percorro a vida como se fosse a morte, eu caminho em cima dos teus ombros como se fosse a última noite de bebedeira, dos teus olhos, da tua boca sedenta, dos lábios sem dizer adeus, eu me afundo em noites sem fim. Eu misturo fumo com a bagana, com a solidão de tua dor, eu nunca digo que te esqueci.
Não misture dor com solidão.

Passagens

        Brassaï - Pont Neuf, Paris (1949)     “ As ruas são a morado do coletivo.” Walter Benjamin “Na praia, o homem, com os braços cru...